23/09/2009

22.09.2009 – 25º dia – Parque Nacional das Emas

Saímos para o Parque Nacional das Emas às 6:30h, acompanhada de nossa guia Nena. Antes mesmo de entrar no Parque cruzamos com uma árvore lotada de papagaios verdadeiros e uma linda arara vermelha. Ah! E ainda as emas, que ficam mais fora do que dentro do parque. Disse a Nena que elas são guardiãs do parque.
Quando chegamos ao parque, nos dirigimos à sede. Enquanto o pessoal desceu para explorar um pouco este local, eu, que ainda não estava completamente recuperada das dores e que também não tinha dormido muito bem à noite, fiquei no carro dormindo para me recuperar para o passeio dentro do parque.
A vegetação é típica de cerrado e, a esta época do ano, está muito seca. Aliás, do cerrado, o mais bonito são suas flores. Suas árvores são baixas, arbustivas, tortuosas e de casca grossa (uma espécie de proteção contra as intempéries naturais).
Ficamos um pouco decepcionados, pois não vimos muitas aves, nem muitos animais terrestres. Mas valeu apenas por saber que nele recebe recarga o aqüífero Guarani e nascentes de vários rios – ele é muito importante para o equilíbrio ecológico. Dizem que a bioluminescência é o ponto forte do parque – é quando, à noite, as larvas de vagalumes que são depositadas nos cumpinzeiros reluzem no meio da escuridão, iluminando todo o parque, parecendo uma cidade com prédios acesos (não chegamos a confirmar este fenômeno).
Apesar de sua importância, o parque não possui nenhuma infra-estrutura para o ecoturismo. Uma pena, porque a cidade ganharia muito com isso! Nem seus próprios moradores o valorizam...falam dele com um certo descontentamento pela falta de apoio do governo.
Na realidade, o parque é mais propício para a visita de observadores de aves e de pesquisadores, mas ainda assim achamos que deveria ter um mínimo de estrutura como vimos em outros parques por quais passamos nesta viagem. Há um rio belíssimo, de águas verde esmeralda e suas corredeiras que poderiam receber a visitação e os turistas poderiam desfrutar de um gostoso banho.
Saímos de lá um pouco frustrados...e, por volta de meio dia e meio já estávamos no hotel.
Organizamos a bagagem no carro, almoçamos lá na Júlia e no Ricardo, e voltamos para a estrada rumo à Rio Verde (a cidade na qual o Figueira tem o nome no cartório, pois seu primeiro casamento aconteceu lá), onde iremos pernoitar, depois de recalcularmos o trecho.
Pegamos então uma trilha muito bonita, mas literalmente uma trilha off-road – cheia de pedregulhos, barro vermelho (lama pura) e buracos – deduzimos que há muito tempo não se trafegava por ali – a batizamos de Trilha das Emas. Mas valeu pela beleza da chapada!
Chegamos em Rio Verde debaixo de uma chuva fina, mas também fomos agraciados com um espetáculo da natureza – uma neblina cobria a linha do horizonte, passando por entre as árvores do campo vasto – não sabíamos se estávamos no céu ou na terra – muito lindo! O fenômeno acontecia em terra firme.
Depois de procurarmos hotel, por volta das 18:30h nos hospedamos no Honorato Plaza Hotel e lá também fizemos a rodadinha acompanhada de caldinho de vaca atolada (cortesia do hotel) e desfrutamos de um gostoso jantar, regado a cerveja.
Amanhã Pirenópolis que nos aguarde!

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