12/09/2009

09.09.2009 – 12º Dia – Serras Catarinenses...

Com 1/3 da viagem cumprido, os calangos, depois de uma boa dose de grandes cidades, saíram hoje em busca do natural. Vamos atravessar as serras catarinenses, passando por Urubici e pernoitar na cidade de São Joaquim, onde veremos, novamente, o jogo do Brasil.
Depois do café da manhã em Floripa, eu e Suzete fomos nos despedir de nossas filhas – a saudade já é grande!
Pegamos a rodovia às 8:40h com o tempo chuvoso, frio e ventoso e entramos para a cidade de Rancho Queimado. Logo na entrada da cidade, pegamos informações sobre a região na Casa do Turista, onde degustamos o refrigerante Pureza, de guaraná, que só é fabricado na cidade. No local também fomos orientados a seguir para o distrito de Taquaras. Pensem num lugar lindo! A Mata Atlântica poderosa! Centenas de araucárias cheias de liquens, demonstrando a pureza absoluta do ar. Riachos cortando o verde intenso, cavalos e gado pastando e flores, muitas flores – hortências, copos de leite, uma variedade enorme! Parecia que estávamos diante de uma tela! Taquaras é o paraíso! Um colírio para os olhos e um bálsamo para a alma! De arquitetura tipicamente alemã e povo simpático. Lá encontramos um dos dois postos de gasolina Texaco que ainda conservam a arquitetura original.
Seguimos em frente diante de paisagens belíssimas, atrás de comprar morangos orgânicos deliciosos que não comemos, pois a colheita só acontece na sexta-feira. A senhora simpática que nos atendeu, fez o convite para participarmos de um protesto contra a instalação de uma mineradora na região que destruirá grande parte da Mata Atlântica e desviará o curso do rio que cruza o pequeno distrito. Infelizmente não poderemos participar, mas fica o nosso protesto por escrito. NÃO À MINERADORA EM TAQUARAS/SC!
Não comemos os morangos, mas aproveitamos a trilha off-road e a linda paisagem! Paramos no monumento ao tropeiro para fotografarmos...
Não sabemos o porquê da revista Quatro Rodas não incluir Taquaras como uma das 10 estradas mais lindas do Brasil. Neste lugar, o homem e a natureza vivem em completa harmonia!
Mais à frente, pegamos a BR-282 e uma leve neblina nos acompanhou na descida de 1000m de altitude. Ainda pensamos em subir mais 200m, mas Miriam não estava se sentindo muito bem, então resolvemos seguir viagem, admirando a linda paisagem da serra.
Paramos para almoçar no “paradouro” Batistela – comidinha típica, muito gostosinha!
Seguindo para Urubici, não foi possível parar para fotografar a serra, uma chuvinha fina e a neblina nos atrapalharam. No distrito de Águas Brancas já estávamos a 1.250m de altitude e passando o frio de 8ºC.
Chegamos a Urubici às 14h e seguimos para as informações turísticas para receber algumas orientações. Visitar as cachoeiras e o famoso Morro da Igreja (Pedra furada) impossível! A chuva não deixou. Mas paramos para tomar um chocolate quente no Panifício Universo – uma casa de café colonial aconchegante com deliciosas tortas e rosquinhas da culinária regional.
Localizada no topo da Serra Geral, Uribici oferece paisagens deslumbrantes, aliadas às baixas temperaturas. O município oferece para o deleite de seus visitantes, 45 atrativos turísticos, 39 sítios arqueológicos e 88 cachoeiras. No famoso Morro da Igreja, ponto mais alto do sul do Brasil, há 1.822m de altitude, foi registrada a temperatura mais baixa do país, -17,5ºC e sensação térmica de -40ºC.
No centro da cidade, a igreja matriz de Nossa Senhora Mãe dos Homens, em estilo gótico moderno, chama atenção pela arquitetura, com frentes para todos os lados.
Neste momento, chegamos a uma altitude de 1555m e subindo...A temperatura de 4,3ºC, chuva fina e neblina por todos os lados.
Seguimos para São Joaquim pela SC-345, passeando pela Serra Geral, enfeitada por suas araucárias.
Passando pelo rio “Lava Tudo”, uma chuva torrencial lavou todas as TRs. Todo cuidado é pouco porque a estrada da serra é muito sinuosa e o asfalto fica escorregadio – a velocidade média em deslocamento é de 45km/h.
Com a chuva, várias quedas d’água se formam ao longo da rodovia e viram pequenas cascatas.
Cruzamos Pericó, com suas casinhas de madeira bem antigas. Nesta fase da viagem, entramos na Serra do Rio do Rastro. Estamos a 16km de São Joaquim. A Tiroleza (arvorismo) é o esporte por estas bandas e as macieiras, a cultura agrícola local.
Chegamos em São Joaquim a uma temperatura de 6,0ºC e fomos procurar hotel. Resolvemos ficar no São Joaquim Park Hotel, de frente para uma linda praça.
Os calangos chegaram a São Joaquim “baqueados”. Acho que algo que eles comeram não foi muito bem processado. Começou pela Miriam, depois atacou o Naka e o Figueira. Eu, Suzete, Marco, Nelson e Helenita escapamos. Este fato acabou com a rodadinha e com a reunião para o jogo do Brasil. Depois do jantar, onde só comeram os que estavam bem (exceto Helenita que ficou com medo do Naka dormir e deixar ela do lado de fora do ap), Nelson, Figueira e Marco ainda foram assistir o primeiro tempo do jogo, mas o Nelson ainda não conseguiu abrir o saquinho de peixinhos secos que trouxe para tirar gosto com o Chivas 30 anos, e o restante do pessoal do pessoal se recolheu. A noite estava muito fria!

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