Tomamos café mais tarde, nos despedimos de Helenita e fomos explorar os arredores de Pirenópolis. Nosso destino, o Parque dos Montes Pirineus – três montes, um ao lado do outro, que compõem o ponto mais alto da cidade, com quase 1800m de altitude. Os calangos pegaram uma trilha off-road até o mirante, onde foram abordados pelo guarda florestal do IBAMA perguntando se fazíamos parte do Rali que estava sendo anunciado para o final de semana – mas não era conosco. Seguindo o caminho, paramos para fotografar o Morro Cabeludo, uma rocha lisa enfeitada de pequenos arbustos. Então, seguimos para os Pirineus. Quase fomos até o topo de um dos montes com as TRs, mas também tinha um pedaço de chão para fazer a pé. Subimos eu, Figueira e Naka, pois Suzete estava com dor no joelho e o Marco preferiu ficar e fazer companhia a ela. A trilha pedonal é bastante íngreme e perigosa – na subida , é necessário muito esforço; na descida, freio nos pés para não escorregar e cair.Lá de cima, a paisagem é linda! Vê-se toda a cidade de Pirenópolis. Soubemos mais tarde que toda primeira lua cheia do mês de julho, muitos jovens vêm acampar no local para ver a lua aparecer no céu do planalto central.
Neste local também é rezada uma missa campal na época da Festa do Divino e durante a Semana Santa, na qual é encenada a via crucis. O lugar é muito bonito!
Pirenópolis mudou muito desde que estive aqui nos anos 80. A cidade cresceu, melhorou sua organização, virou ponto turístico e palco para muitas festas.
No Rio das Almas, que corta a cidade, não é mais permitido acampar; os bares, restaurantes e lanchonetes ganharam uma rua só para eles – a Rua do Lazer, que à noite se fecha e fica cheia de mesinhas, só sendo permitido o trânsito de pedestres – uma graça! O artesanato também se desenvolveu bastante – tear, madeira, pintura, antiguidades, cerâmicas, papel marche – todos muito bonitos. Há também uma grande quantidade de pedras semi-preciosas e prata. Hoje, existem mais de 100 pousadas na cidade; seu casario é bem preservado e tratado com cuidado e a cavalhada (folclore local) ganhou um local próprio para acontecer. Nos arredores de “Piri” (como é carinhosamente chamada) há muitas trilhas e locais lindos para se aventurar.
Quando voltamos dos Montes Pirineus, paramos na Cachoeira do Abade (onde se pratica o rapel). Deu vontade de mergulhar, mas não tínhamos ido preparados. Para conhecer esta cachoeira, é necessário pagar ingresso, mas pelo menos lá tem muito boa estrutura. Uma linda lanchonete, com biscoitinhos, pequenos lanches, refrigerantes, banheiros limpíssimos, decoração de muito bom gosto e a Silvia, que nos atendeu com todo carinho. O Naka comprou até uma cachaçinha Pirinopolina!
Mais tarde, andando pelas ruas da cidade, eu e Suzete comentamos como o povo goiano é receptivo, caloroso e educado.
Na saída do parque, almoçamos do Restaurante Kuarup – melhor que o almoço foram as linguiçinhas fritas que pedimos para petiscar.
Quando chegamos à pousada já eram 16h e todos foram tirar uma soneca, exceto eu, que saí para dar mais uma olhadinha em Piri e comprar uns souvenirs para levar de lembrança pra casa. Me distraí tanto que quando voltei à pousada, o pessoal já me esperava para irmos para a rua do lazer observar o movimento e sair para jantar. Nos encaminhamos para o Restaurante da Cida (sugestão do Naka), cuja comida foi apresentada no programa da Ana Maria Braga, mas estava fechado (dia de festa na cidade, os moradores e comerciantes também participam e fecham o comércio). Voltamos para a rua do lazer e tomamos um gostoso caldo de Vaca Atolada, regado a suco e cerveja Pirinopolina.
Quando o show de forró começou (devido ao 10º Canto da Primavera), já estávamos nos encaminhando para a pousada.
Amanhã, sairemos às 8:30h a caminho da Chapada dos Veadeiros.
Chegamos em SP, dia 23 por volta das 15hs. Nossa vida de "Sem Destino" fica na saudade esperando pelos proximos anos. Obrigada por tudo foi ótimo.
ResponderExcluirUm grande abraço a todos!
Mirian e Nelson